Às vezes penso, (e sim, eu penso!) naquilo que existiu. Na memória do que acontecera, ficam apenas e unicamente sombras do que realmente poderia ter sido. Agradeço pelos momentos que vivi, pela maneira como os vivi, pela sensibilidade com que os continuava a viver, mesmo depois de acontecer.
Seguimos, entre caminhos mais ou menos dispersos, mais ou menos armadilhados, e chegámos ao auge, algumas vezes.
Não fora em vão, garanto-te !
Vejo que pensei, tal como às vezes ainda penso, que a ideia de eternidade era realmente terna, autêntica mas talvez não o tenha sido verdadeiramente.
Essencialmente, pela veracidade com que tudo foi sucedendo hora após hora dia após dia, remeto-me à inutilidade e resigno-me. Quem fui não sou mais.
Compreendo a inutilidade de pensar, pensei demais.
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