Dividido, daquela sensação de descontrolo, ele decidiu ser melhor não pedir ao Manuel que lhe contasse. Decidiu que era melhor ser ele a ir lá e falar com ela.
Choraram, nos braços um do outro, enquanto que a noite fria cá fora passava.
A lareira da sala esteve ligada toda a noite e de manhã ele voltou para sua casa.
Despediram-se com um beijo e ela esperou por ele no dia seguinte, e nos seguintes.
Cinco dias depois, o telefone de sua casa tocou. Tendo ouvido a sua voz não hesitou em fazer-lhe as perguntas que lhe vagueavam na cabeça. Ele pediu-lhe que fosse a sua casa e lesse a carta que ele tinha deixado no chão. Antes de desligar pediu-lhe que não o procurasse mais, que ele não a queria fazer sofrer.
Os seguintes cinco dias, para ela, foram de choro. Leu aquela carta umas três vezes em cada um desses cinco dias, mas decidiu fazer com que passasse, amargamente.
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