- Estava num jardim, juro. Sei o que vi!
- E agora onde estás?
- Nesse mesmo jardim.
- Distingues aquilo que viste daquilo que vês? Não te parece tudo o mesmo?
- É tudo exactamente igual, é o que te digo, é o que aqui estou a ver. O lago com patos lá no meio, o chafariz, a árvore que tem cem anos, até ela está igual, tem lá aquele balão preso, olha!
- Então como sabes que ontem, estavas a sonhar? Não estarás também agora adormecido? Esclarece-me. Não estarias ontem num momento de vigilia, e hoje, segunda-feira, num sonho?
- Porque sei! Estou aqui contigo, vês...?
- Vejo. Vejo que estás tão enganado que não consegues distinguir e por isso, foges à questão.
- Eu sei o que vi, era um sonho, juro.
- Nesse momento, que insistes em chamar de sonho, de que cor era o balão preso na árvore?
- Se bem que perguntes, não me recordo! Acredito que fosse azul, mas isso talvez seja porque é a minha cor preferida. Não sei!
- Agora diz-me, um sonho tem cor?
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Sobressaltado, acordei, ou adormeci. Sei que vi a luz amarela do meu quarto ligada. Disso tenho a certeza.
Amei a abordagem, a temática, o registo, tudo!
ResponderEliminarBestial *)